Jogos e treinos da Raposa do Sudoeste Goiano… Jataiense! – março/2016

Através do post publicado pelo meu irmão Túlio no facebook hoje, me veio a lembrança saudosa das inúmeras vezes que o meu pai me levava aos treinos da Raposa do Sudoeste, no estádio da jataiense… Eram dias de alegria… Ficávamos na beira do campo/alambrado vendo o meu irmão jogar… Bons tempos!

Muito provavelmente no dia desta foto, estávamos eu e meu Pai acompanhando a estreia da Raposa!

Mais um Natal sem o meu velho… dezembro/2015

Mais um natal se aproxima e pelo segundo ano consecutivo não poderei passar com a sua presença física meu pai Renato… Quando assisti o vídeo abaixo pela primeira vez, recordei do fatídico dia em que recebi aquela ligação informando que o senhor não estava mais entre nós… Como eu gostaria que também fosse uma ‘pegadinha’…

Lembranças de 2008 – Visita a Mineiros – Goiás

 Em julho de 2008, para fins de conclusão do meu trabalho final do curso de pós MBA em Gerenciamento de Projetos da FGV, fui a Mineiros, cidade próxima da minha Jataí e onde tenho vários familiares… O meu saudoso pai e o meu sobrinho/afilhado Matheus foram comigo… Aproveitamos para visitar alguns dos nossos parentes… Esta foto foi tirada na casa dos primos Amarildo e Eliana… E esta bebezinha, filha deles, é a Esteline… Foram momentos agradáveis… #Saudades #Mineiros

Dias dos pais…. obrigado a trocar um forte abraço pelo ato de acender uma vela – 09.08.15

Muito triste ter que desejar feliz dia dos pais diante do túmulo do seu pai… Trocar um forte abraço pelo ato de acender uma vela… Foi o que, infelizmente, tive que fazer, sozinho, diante daquela lápide… No ano passado, primeiro sem a presença física do Sr. Renato, optei por passar esta data fora do Brasil, na companhia de alguns amigos nos Estados Unidos, em Las Vegas, pois lá não se comemora esta data no mesmo período… Foi um pouco mais fácil…

Mas neste ano, em função do aniversário do meu avô, de 90 anos, que caiu no mesmo dia dos pais, fui forçado a encarar este sentimento de vazio…

Todo filho é pai da morte do seu pai!

“Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.

E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.

Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.”

Autor desconhecido.